Processo na Justiça pode impedir que deputado da PB assuma Ministério das Cidades
Apesar da preferência pessoal da presidente Dilma Rousseff pela volta do ex-ministro Márcio Fortes ao comando das Cidades, esta opção já está praticamente descartada e o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), deverá suceder Mário Negromonte no ministério, caso se desenrole de processo judicial já identificado pelo Palácio do Planalto.
Negromonte aguarda apenas a volta da presidente da viagem oficial a Cuba e ao Haiti para tomar a iniciativa de entregar o cargo. Ele nem participou ontem de uma reunião na Casa Civil destinada a analisar prevenções para os desastres naturais. Sua agenda anunciava que ele iria, porque é um dos integrantes efetivos do grupo, também composto pelos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Planejamento (Miriam Belchior).
Aguinaldo responde a processo na Justiça Federal por improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público, quando secretário da Agricultura da Paraíba (1998 a 2002), num convênio com o Ministério da Agricultura para o combate à febre aftosa, ele comprou equipamentos que não diziam respeito à doença, como medicamentos médico-hospitalares.
O deputado, no entanto, argumenta que o convênio foi cumprido integralmente e que a ocorrência do surto de febre aftosa era emergencial, o que justificava a falta de licitação, e que não houve dolo ou má-fé na sua conduta. Além disso, disse que seguiu a orientação da assessoria jurídica da Secretaria da Agricultura. Os argumentos convenceram o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª região. Ainda cabe do MP nesse processo.
Antes de deixar Salvador rumo a Havana, a presidente Dilma Rousseff determinou que aguardassem sua volta para tratar do assunto. E ontem, ao conceder uma entrevista coletiva em Havana, Dilma anunciou que trataria do caso Negromonte quando retornasse ao Brasil. Ela chegou a citar a quinta-feira como o dia em que resolveria a questão. Repetiu o mesmo gesto da véspera da demissão de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho. Em viagem a Caracas, questionada sobre a situação de Lupi, disse que problemas do Brasil resolveria no Brasil.
De acordo com um interlocutor presidencial, o Palácio do Planalto já se convenceu de que trazer de volta um ex-ministro - como Márcio Fortes - não é boa ideia, por várias razões. Até porque parece falta de alternativa. Afinal, a troca obrigaria a presidente a escolher outro nome para substituir Fortes na função de Autoridade Pública Olímpica (APO). Sem falar que haveria uma briga entre os aliados pela ocupação do posto.
O líder é visto como o melhor representante da bancada da Câmara, onde conta com o apoio de 30 dos 39 deputados. Além disso, Aguinaldo tem a simpatia da bancada de cinco senadores do PP no Senado, em que se inclui o presidente nacional do partido, Francisco Dornelles (RJ).
"Existe um consenso no Senado de que o nome do ministro deve sair da Câmara", diz o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Embora seja muito ligado a Aguinaldo, Ciro tem a cautela de não interferir na escolha. "Os senadores veem com muito bons olhos a indicação de qualquer nome do grupo do líder", completa.
Retirado de: http://www.catingueiraonline.com/2012/02/processo-na-justica-pode-impedir-que.html
Apesar da preferência pessoal da presidente Dilma Rousseff pela volta do ex-ministro Márcio Fortes ao comando das Cidades, esta opção já está praticamente descartada e o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), deverá suceder Mário Negromonte no ministério, caso se desenrole de processo judicial já identificado pelo Palácio do Planalto.
Negromonte aguarda apenas a volta da presidente da viagem oficial a Cuba e ao Haiti para tomar a iniciativa de entregar o cargo. Ele nem participou ontem de uma reunião na Casa Civil destinada a analisar prevenções para os desastres naturais. Sua agenda anunciava que ele iria, porque é um dos integrantes efetivos do grupo, também composto pelos ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Planejamento (Miriam Belchior).
Aguinaldo responde a processo na Justiça Federal por improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público, quando secretário da Agricultura da Paraíba (1998 a 2002), num convênio com o Ministério da Agricultura para o combate à febre aftosa, ele comprou equipamentos que não diziam respeito à doença, como medicamentos médico-hospitalares.
O deputado, no entanto, argumenta que o convênio foi cumprido integralmente e que a ocorrência do surto de febre aftosa era emergencial, o que justificava a falta de licitação, e que não houve dolo ou má-fé na sua conduta. Além disso, disse que seguiu a orientação da assessoria jurídica da Secretaria da Agricultura. Os argumentos convenceram o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª região. Ainda cabe do MP nesse processo.
Antes de deixar Salvador rumo a Havana, a presidente Dilma Rousseff determinou que aguardassem sua volta para tratar do assunto. E ontem, ao conceder uma entrevista coletiva em Havana, Dilma anunciou que trataria do caso Negromonte quando retornasse ao Brasil. Ela chegou a citar a quinta-feira como o dia em que resolveria a questão. Repetiu o mesmo gesto da véspera da demissão de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho. Em viagem a Caracas, questionada sobre a situação de Lupi, disse que problemas do Brasil resolveria no Brasil.
De acordo com um interlocutor presidencial, o Palácio do Planalto já se convenceu de que trazer de volta um ex-ministro - como Márcio Fortes - não é boa ideia, por várias razões. Até porque parece falta de alternativa. Afinal, a troca obrigaria a presidente a escolher outro nome para substituir Fortes na função de Autoridade Pública Olímpica (APO). Sem falar que haveria uma briga entre os aliados pela ocupação do posto.
O líder é visto como o melhor representante da bancada da Câmara, onde conta com o apoio de 30 dos 39 deputados. Além disso, Aguinaldo tem a simpatia da bancada de cinco senadores do PP no Senado, em que se inclui o presidente nacional do partido, Francisco Dornelles (RJ).
"Existe um consenso no Senado de que o nome do ministro deve sair da Câmara", diz o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Embora seja muito ligado a Aguinaldo, Ciro tem a cautela de não interferir na escolha. "Os senadores veem com muito bons olhos a indicação de qualquer nome do grupo do líder", completa.
Retirado de: http://www.catingueiraonline.com/2012/02/processo-na-justica-pode-impedir-que.html
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